domingo, 16 de setembro de 2007
Adeus Apelação
Após 4 anos lectivos como assistente de acção educativa no Agrupamento de escolas de Apelação recebi orientações da Divisão de Educação para me apresentar no Jardim de A-das-Lebres a partir de 2ª feira dia 17, ainda que seja uma colocação provisória e ainda mais distante do local onde resido( concelho de Cascais) sinto-me feliz por ver terminada uma fase que direi como "pouco entusiasmante" na minha carreira de Assistente. O Agrupamento da Apelação através do seu corpo directivo mais directamente ligado ao pré-escolar assumiu desde o início a politica de "dividir para reinar" organizando reuniões em separado com os auxiliares e assistentes de sala dos seus colegas responsaveis pelo prolongamento de horário.Praticaram permanente interferência nas actividades sem a respectiva disponibilização de tempo para partilhar de forma prática as maravilhas apresentadas em powerpoint aos responsaveis do Municipío aquando do início do ano lectivo. As actividades de prolongamento de horário sobreviveram sem a prestação financeira anual que é transferida para a respectiva escola e da qual nem sequer fomos informados do seu rasto mas com a Senhora Educadora e coordenadora pedagógica prontamente a informar-nos que se precisássemos porventura de material para actividades bastava pedir-lhe, isto é, já desfazados em termos de formação e informação da parte da nossa entidade patronal e nesta situação ficaríamos totalmente dependentes da "simpatia natural" da Coordenadora Pedagógica à qual ficaríamos bem entregues se pensarmos que neste caso concreto a Senhora Educadora considera-se na sua "hierárquica importância" a não necessidade de dizer um simples bom dia aos elementos da sua equipa.Destas maravilhosas e pungentes desventuras de um assistente educativo fico por aqui por ora. Não tenho grandes esperanças de ser colocado numa escola mais próxima, mais "tranquila" na sua gestão escolar/pedagógica mas como é a última a morrer resta-me aguardar que algo de bom na minha carreira ainda me está reservado.
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
À procura da creche perfeita
Joana Santos 2007-08-13
Antes de se decidir por uma creche ou um jardim-de-infância, é necessário analisar cuidadosamente as opções existentes, com vista assegurar uma escolha acertada.
Os primeiros anos de vida são decisivos no desenvolvimento global das crianças. São a primeira etapa da educação básica da criança, complementar à acção educativa da família, e, por isso mesmo, os pais devem dedicar-lhe especial atenção. A entrada num jardim-de-infância apresenta diversas vantagens, nomeadamente ao nível da socialização. Quando transita para a escola, a criança que frequentou o infantário já está habituada à convivência com outros meninos e adultos, já aprendeu a saber estar em grupo, a cumprir regras, e também já desenvolveu a sua autonomia. A passagem da casa para a escola do 1.º ciclo é, nestes casos, mediada pela estadia num espaço que favorece a socialização e ameniza a transição.A socialização proporcionada pelo jardim-de-infância contribui também para o desenvolvimento da linguagem e do vocabulário, importantes na aprendizagem da leitura e da escrita e na aquisição de outros conhecimentos. Jogos e brincadeiras, livres ou orientados, promovem o desenvolvimento da criatividade. Actividades como jogos de linguagem desenvolvem a consciência dos sons da língua - factor muito importante na aprendizagem da leitura e da escrita - enquanto que, actividades como a modelagem, o desenho, a pintura e os recortes desenvolvem a motricidade fina.Com orientações pedagógicas que variam de estabelecimento para estabelecimento, as actividades podem ser feitas num contexto mais informal, e com carácter lúdico, ou de uma forma mais formal, havendo alguns espaços onde as crianças começam já a aprender a ler e a escrever. Compete aos pais, no momento da escolha, informarem-se sobre as creches e os jardins-de-infância, de modo a tomarem a opção que lhes pareça ser mais acertada.A escolha pode ser difícil. A dificuldade reside em dosear factores como a localização, o custo, a segurança, o serviço prestado, a empatia em relação ao conjunto de pessoas que trabalham na escola ou mesmo o horário do estabelecimento. A questão dos horários das creches e jardins-de-infância é, aliás, um problema que afecta muitas famílias. A maioria das creches praticam horários até as 18 horas, sendo que algumas funcionam até às 19 horas, cobrando uma taxa suplementar. O ministro do Trabalho e da Solidariedade já considerou que «as creches têm de ter horários mais alargados do que os actuais», estando o Governo na disposição de pressionar as instituições nesse sentido, valendo-se do facto de «cerca de 90% da rede de creches» serem apoiadas pelo Estado.A medida visa facilitar uma maior conciliação entre a vida profissional e familiar, naquele que é um dos pontos do programa do Governo e um dos objectivos estratégicos da Comissão Europeia. Vieira da Silva apontou como exemplo uma creche que visitou em Vila Nova de Cerveira, aberta das sete da manhã até as dez noite, e sempre "cheia", como o próprio sublinhou.Antes de os pais tomarem uma decisão sobre o local ideal para deixar os seus filhos enquanto estão a trabalhar, a Associação de Defesa do Consumidor (DECO) aconselha-os a conversar com outros pais de modo a conhecer as suas experiências. Falar com o pediatra, procurar informação especializada e visitar alguns estabelecimentos são outros caminhos a seguir. A visita deverá ser feita na companhia da criança e os pais devem aproveitar para conversar com a direcção e com a educadora que eventualmente ficará com a criança.Para ajudar os pais nessa visita e na selecção da creche ou jardim-de-infância ideal para os filhos, a DECO criou um formulário, disponível em www.deco.proteste.pt, com cerca de 40 perguntas que abrangem questões como a segurança contra incêndios, evacuação, riscos de ferimentos ou serviços da instituição.A DECO sugere ainda algumas recomendações a ter em conta na visita a estes espaços. A creche deverá ter uma copa de leite e salas diferentes, equipadas de acordo com a idade das crianças. O berçário - que inclui a sala de berços e a sala-parque - só poderá ter no máximo oito bebés e deverão existir pelo menos duas salas de actividades. Todos os espaços devem estar em boas condições de higiene e segurança, bem iluminados e arejados. As instalações sanitárias também são importante e, devido à transição do bacio para a sanita, alguns chuveiros de água quente e fria "são essenciais".Já no jardim-de-infância, cada sala só pode ter entre 20 a 25 crianças, divididas por grupos etários, sendo que "caso haja um grupo homogéneo de 3 anos só pode ter 15 crianças". O equipamento recreativo e pedagógico deverá ser bastante variado, com boas condições de higiene e segurança. As casas de banho devem estar equipadas com lavatórios e sanitas em número suficiente, papel higiénico, sabonete e toalhas ao alcance dos mais novos.À falta de um espaço exterior coberto, uma sala polivalente poderá substitui-lo, para as actividades desportivas ou jogos e converter-se, inclusivamente, numa sala para os mais pequenos dormirem a sesta. Por isso mesmo, "não é necessário que esteja apetrechada com muitos equipamentos". Imprescindível é mesmo a sala de refeições, bem como uma cozinha bem equipada, onde a higiene é fundamental.O espaço exterior da creche e do jardim-de-infância também deve ser diferente. Em ambos os casos, o equipamento "deve estar bem concebido e conservado", montado sobre areia ou gravilha fina em vez de cimento, ladrilho ou piso empedrado. A zona circundante deverá ser de terra batida ou relva.Encontrada a creche ou o jardim-de-infância adequado, resta esperar que ainda haja vagas. "A não ser que se opte pelo privado, e se possa pagar por isso, o que não acontece com muitas pais sem rendimento, as vagas existentes na rede pública da educação pré-escolar prevista há 10 anos na lei são insuficientes", argumenta a DECO.O secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, já confirmou que estão já aprovadas 136 novas creches, prevendo-se que até ao final do ano sejam aprovados mais 200 novos estabelecimentos. Actualmente, existem 80 mil vagas nos infantários, sendo que este reforço corresponde a mais 25 mil.
(http://www.educare.pt/)
Joana Santos 2007-08-13
Antes de se decidir por uma creche ou um jardim-de-infância, é necessário analisar cuidadosamente as opções existentes, com vista assegurar uma escolha acertada.
Os primeiros anos de vida são decisivos no desenvolvimento global das crianças. São a primeira etapa da educação básica da criança, complementar à acção educativa da família, e, por isso mesmo, os pais devem dedicar-lhe especial atenção. A entrada num jardim-de-infância apresenta diversas vantagens, nomeadamente ao nível da socialização. Quando transita para a escola, a criança que frequentou o infantário já está habituada à convivência com outros meninos e adultos, já aprendeu a saber estar em grupo, a cumprir regras, e também já desenvolveu a sua autonomia. A passagem da casa para a escola do 1.º ciclo é, nestes casos, mediada pela estadia num espaço que favorece a socialização e ameniza a transição.A socialização proporcionada pelo jardim-de-infância contribui também para o desenvolvimento da linguagem e do vocabulário, importantes na aprendizagem da leitura e da escrita e na aquisição de outros conhecimentos. Jogos e brincadeiras, livres ou orientados, promovem o desenvolvimento da criatividade. Actividades como jogos de linguagem desenvolvem a consciência dos sons da língua - factor muito importante na aprendizagem da leitura e da escrita - enquanto que, actividades como a modelagem, o desenho, a pintura e os recortes desenvolvem a motricidade fina.Com orientações pedagógicas que variam de estabelecimento para estabelecimento, as actividades podem ser feitas num contexto mais informal, e com carácter lúdico, ou de uma forma mais formal, havendo alguns espaços onde as crianças começam já a aprender a ler e a escrever. Compete aos pais, no momento da escolha, informarem-se sobre as creches e os jardins-de-infância, de modo a tomarem a opção que lhes pareça ser mais acertada.A escolha pode ser difícil. A dificuldade reside em dosear factores como a localização, o custo, a segurança, o serviço prestado, a empatia em relação ao conjunto de pessoas que trabalham na escola ou mesmo o horário do estabelecimento. A questão dos horários das creches e jardins-de-infância é, aliás, um problema que afecta muitas famílias. A maioria das creches praticam horários até as 18 horas, sendo que algumas funcionam até às 19 horas, cobrando uma taxa suplementar. O ministro do Trabalho e da Solidariedade já considerou que «as creches têm de ter horários mais alargados do que os actuais», estando o Governo na disposição de pressionar as instituições nesse sentido, valendo-se do facto de «cerca de 90% da rede de creches» serem apoiadas pelo Estado.A medida visa facilitar uma maior conciliação entre a vida profissional e familiar, naquele que é um dos pontos do programa do Governo e um dos objectivos estratégicos da Comissão Europeia. Vieira da Silva apontou como exemplo uma creche que visitou em Vila Nova de Cerveira, aberta das sete da manhã até as dez noite, e sempre "cheia", como o próprio sublinhou.Antes de os pais tomarem uma decisão sobre o local ideal para deixar os seus filhos enquanto estão a trabalhar, a Associação de Defesa do Consumidor (DECO) aconselha-os a conversar com outros pais de modo a conhecer as suas experiências. Falar com o pediatra, procurar informação especializada e visitar alguns estabelecimentos são outros caminhos a seguir. A visita deverá ser feita na companhia da criança e os pais devem aproveitar para conversar com a direcção e com a educadora que eventualmente ficará com a criança.Para ajudar os pais nessa visita e na selecção da creche ou jardim-de-infância ideal para os filhos, a DECO criou um formulário, disponível em www.deco.proteste.pt, com cerca de 40 perguntas que abrangem questões como a segurança contra incêndios, evacuação, riscos de ferimentos ou serviços da instituição.A DECO sugere ainda algumas recomendações a ter em conta na visita a estes espaços. A creche deverá ter uma copa de leite e salas diferentes, equipadas de acordo com a idade das crianças. O berçário - que inclui a sala de berços e a sala-parque - só poderá ter no máximo oito bebés e deverão existir pelo menos duas salas de actividades. Todos os espaços devem estar em boas condições de higiene e segurança, bem iluminados e arejados. As instalações sanitárias também são importante e, devido à transição do bacio para a sanita, alguns chuveiros de água quente e fria "são essenciais".Já no jardim-de-infância, cada sala só pode ter entre 20 a 25 crianças, divididas por grupos etários, sendo que "caso haja um grupo homogéneo de 3 anos só pode ter 15 crianças". O equipamento recreativo e pedagógico deverá ser bastante variado, com boas condições de higiene e segurança. As casas de banho devem estar equipadas com lavatórios e sanitas em número suficiente, papel higiénico, sabonete e toalhas ao alcance dos mais novos.À falta de um espaço exterior coberto, uma sala polivalente poderá substitui-lo, para as actividades desportivas ou jogos e converter-se, inclusivamente, numa sala para os mais pequenos dormirem a sesta. Por isso mesmo, "não é necessário que esteja apetrechada com muitos equipamentos". Imprescindível é mesmo a sala de refeições, bem como uma cozinha bem equipada, onde a higiene é fundamental.O espaço exterior da creche e do jardim-de-infância também deve ser diferente. Em ambos os casos, o equipamento "deve estar bem concebido e conservado", montado sobre areia ou gravilha fina em vez de cimento, ladrilho ou piso empedrado. A zona circundante deverá ser de terra batida ou relva.Encontrada a creche ou o jardim-de-infância adequado, resta esperar que ainda haja vagas. "A não ser que se opte pelo privado, e se possa pagar por isso, o que não acontece com muitas pais sem rendimento, as vagas existentes na rede pública da educação pré-escolar prevista há 10 anos na lei são insuficientes", argumenta a DECO.O secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, já confirmou que estão já aprovadas 136 novas creches, prevendo-se que até ao final do ano sejam aprovados mais 200 novos estabelecimentos. Actualmente, existem 80 mil vagas nos infantários, sendo que este reforço corresponde a mais 25 mil.
(http://www.educare.pt/)
Labels:
notícias educação
domingo, 29 de julho de 2007
Notícia jornal Público de 29 de Julho de 2007
Bebés não deviam estar mais de 30 horas por semana sem os pais
29.07.2007
O conhecido pediatra Berry Brazelton e o pedopsiquiatra Stanley Greenspan defendem que nem bebés nem crianças pequenas deviam ficar mais de 30 horas por semana aos cuidados de alguém que não os pais. A recomendação consta de um dos livros que escreveram - A Criança e o Seu Mundo (Editorial Presença) - e é a passagem que refere isso mesmo que a pedopsiquiatra Isabel Brito lê em voz alta quando se lhe pergunta: qual é o número de horas que uma criança deve passar numa creche?A médica não tem dúvidas: nem os pais estão a passar o tempo suficiente com os seus filhos nem as creches têm, muitas vezes, a qualidade que deveriam ter para prestar os cuidados que esta faixa etária exige. "É uma situação muito alarmante. Temos de decidir se queremos gerações capazes, competentes, afectuosas, ou gerações desinteressadas pelos outros e pelo que se passa à sua volta", diz. "A capacidade de ser empático, de perceber o que os outros sentem, é algo que já sinto que as crianças têm pouco quando estão muito afastadas dos pais."Nas consultas, Isabel Brito ouve frequentemente queixas angustiadas, sobretudo das mães: "Dizem: "Ai sofri tanto, chorei imenso quando o deixei na creche pela primeira vez, senti tanto." O problema é que a criança sentiu seguramente mais", responde a pedopsiquiatra sem rodeios. "Porque o bebé está habituado a ser vestido de uma maneira, tocado de uma maneira, a ter colo de uma maneira, a ser alimentado de uma maneira e tudo isso são rituais importantes... e, de repente, aos quatro ou cinco meses de idade, passa para algo completamente diferente onde tem que esperar que outros quatro ou cinco bebés recebam os cuidados para ele os receber."Os pais ficam destroçados quando ouvem isto. Muitos não têm alternativas. Mas porque está mais do que estudado que é nos primeiros anos de vida "que se projecta tudo o que vai ser a pessoa futura, muitos países estão a investir nas crianças" até aos cinco anos de idade, sublinha, nomeadamente na qualidade das creches e em licenças de paternidade maiores. "O ideal seria que os pais pudessem beneficiar de uma licença que no primeiro ano de vida do bebé lhes permitisse ficar com ele o tempo todo." Helena Marujo, psicóloga, insiste muito na qualidade das creches. "É um aspecto essencial. Não é a mesma coisa falar do impacto de uma creche sem qualidade e de uma que a tem." E isto relaciona-se com o número de crianças por adulto (no primeiro ano de vida, diz Brazelton, o rácio deve ser de três para um), que, por sua vez, está relacionado com a capacidade de atenção e de relação com cada criança; depois há aspectos como a qualificação do pessoal, ou a existência de materiais adequados à idade, por exemplo. E os pais o que podem fazer? Esforçar-se para que o tempo que ainda têm com os filhos seja "de qualidade", diz Isabel Brito, de forma "a restabelecer o contacto que foi perdido", enquanto estiveram longe. A.S.
29.07.2007
O conhecido pediatra Berry Brazelton e o pedopsiquiatra Stanley Greenspan defendem que nem bebés nem crianças pequenas deviam ficar mais de 30 horas por semana aos cuidados de alguém que não os pais. A recomendação consta de um dos livros que escreveram - A Criança e o Seu Mundo (Editorial Presença) - e é a passagem que refere isso mesmo que a pedopsiquiatra Isabel Brito lê em voz alta quando se lhe pergunta: qual é o número de horas que uma criança deve passar numa creche?A médica não tem dúvidas: nem os pais estão a passar o tempo suficiente com os seus filhos nem as creches têm, muitas vezes, a qualidade que deveriam ter para prestar os cuidados que esta faixa etária exige. "É uma situação muito alarmante. Temos de decidir se queremos gerações capazes, competentes, afectuosas, ou gerações desinteressadas pelos outros e pelo que se passa à sua volta", diz. "A capacidade de ser empático, de perceber o que os outros sentem, é algo que já sinto que as crianças têm pouco quando estão muito afastadas dos pais."Nas consultas, Isabel Brito ouve frequentemente queixas angustiadas, sobretudo das mães: "Dizem: "Ai sofri tanto, chorei imenso quando o deixei na creche pela primeira vez, senti tanto." O problema é que a criança sentiu seguramente mais", responde a pedopsiquiatra sem rodeios. "Porque o bebé está habituado a ser vestido de uma maneira, tocado de uma maneira, a ter colo de uma maneira, a ser alimentado de uma maneira e tudo isso são rituais importantes... e, de repente, aos quatro ou cinco meses de idade, passa para algo completamente diferente onde tem que esperar que outros quatro ou cinco bebés recebam os cuidados para ele os receber."Os pais ficam destroçados quando ouvem isto. Muitos não têm alternativas. Mas porque está mais do que estudado que é nos primeiros anos de vida "que se projecta tudo o que vai ser a pessoa futura, muitos países estão a investir nas crianças" até aos cinco anos de idade, sublinha, nomeadamente na qualidade das creches e em licenças de paternidade maiores. "O ideal seria que os pais pudessem beneficiar de uma licença que no primeiro ano de vida do bebé lhes permitisse ficar com ele o tempo todo." Helena Marujo, psicóloga, insiste muito na qualidade das creches. "É um aspecto essencial. Não é a mesma coisa falar do impacto de uma creche sem qualidade e de uma que a tem." E isto relaciona-se com o número de crianças por adulto (no primeiro ano de vida, diz Brazelton, o rácio deve ser de três para um), que, por sua vez, está relacionado com a capacidade de atenção e de relação com cada criança; depois há aspectos como a qualificação do pessoal, ou a existência de materiais adequados à idade, por exemplo. E os pais o que podem fazer? Esforçar-se para que o tempo que ainda têm com os filhos seja "de qualidade", diz Isabel Brito, de forma "a restabelecer o contacto que foi perdido", enquanto estiveram longe. A.S.
sexta-feira, 1 de junho de 2007
Greve Geral dia 30 de Maio

"As escolas e os jardins de infância da Rede Pública são a resposta que garante o Ensino e a Educação como um direito universal que conquistamos com o 25 de Abril de 1974. Os trabalhadores não docentes desenvolvem uma função, como já o demonstraram, que é fundamental para o funcionamento das escolas nas suas várias vertentes, auxiliar de acção educativa, administrativa, social e até pedagógico. Por este facto os trabalhadores esperavam que este Governo/PS/Sócrates não desse continuidade às políticas do Governo de Durão/Santana, que, com a publicação do DL.184/2004 e a revogação de DL.515/99, destruiu a possibilidade de haver uma dignificação das nossas funções e consequentemente a prestação de um serviço público de maior qualidade que estava subjacente ao DL 515/99, que resultou da luta dos trabalhadores e de um longo processo negocial com o Governo PS/Guterres. "
Subscrever:
Mensagens (Atom)